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viernes, 9 de julio de 2010

Entrevista Palavra Fiandeira

VIOLENTAMENTE PACIFISTA,
MARIA CRISTINA OGALDE,
Entrevista por Rocio L´Amar
en el Blog Salon de entrevistas
traducida por Mariano Vasques



A ironia como ferramenta literária .

Ao que chamamos ironia?

Segundo o dicionário da língua Espanhola, o vocábulo ironia é uma figura que consiste em dar a entender o contrário do que se diz, porém, também se pode observar como uma brincadeira sofisticada e dissimulada.
Se atentarmos ao dito por Jaime Rest, o termo ironia, utilizado em literatura se presta a diversas e completas disposições, porém baseados na manifestação de condutas ou enunciados que parecem negar ou prescindir um manifestado conhecimento de quem na verdade acontece ou acontecerá o contrário do que foi expresso.

A ironia é um efeito típico da tragédia grega, donde os acontecimentos narrados eram conhecidos pelos espectadores e intérpretes, porém que pese a isso, os personagens se representavam na ficção cênica como se desconhecessem as consequências nefastas de seus atos,

Traçado histórico da ironia.

A ironia é um conceito que pode ser aplicado a realidades muito heterogêneas. Tem sido ligado à Filosofia e à Psicologia, ao ser considerado como um estado de ânimo, e à Literatura e à Linguística, por ser um fenômeno literário e estilístico.

A palavra eiron eironeía se fala anotada ao grego desde o ano de 400 a. C. O irônico eíron viria a descrever tanto na moral como na sofística, assim como também na comédia helênica a um caráter mais bem negativo, isto é, o de uma pessoa que finge o dissimula até ao grau máximo, aparentemente o simulador por excelência. Observa o humor de alguém em aparência desvalida, porém que ocultando-se e dissimulando bem seu jogo e intenção, consegue estrategicamente aquilo que se traz entre as mãos. Na retórica clássica distingue- se entre ironia como figura de palavras (tropos) e a ironia como figura de pensamento (schéma). A capacidade filosófica do irônico se mostra pela primeira vez, nos diálogos platônicos, quando Sócrates acolhe as expressões características do irônico e mostra os sinais para os leitores - ouvintes acostumados a uma leitura crítica. A atitude do eiron socrático era a de um completo equilíbrio entre certa confiança no instrumento do pensar que apreende a realidade e, ao mesmo tempo, a consciência do limitado de tal ferramenta, o limitado da razão. Aparecem aqui os elementos que constituem a ironia: a dissimulação como caráter do eíron, que persegue de forma permanente o pôr à prova a seu adversário, alterando o conjunto do discutido. Entretanto, a ironia não tardou em cair no descrédito geral, vendo-se nela um simples meio de disputa retórica, sendo considerada mais tarde, entre os estóicos como uma forma velada de sofisma.


Aristóteles não trata do tema em particular. Contudo, pode ver-se de alguma forma o interior da teoria das virtudes como um desvio da veracidade do equilíbrio com o qual se há de construír a virtude. A ironia, é validada como um instrumento e, desta forma, como uma espécie mais requintada e distinguida de simulação. E será permitida como expressão possível de humildade. Por outra parte, Cicerón e Quintiliano desenvolveram o conceito de ironia como figura literária. Para o primeiro, a ironia é um ornamento e um instrumento da eloquencia; para o segundo, uma parte da retórica. Na atualidade, esta concepção da ironia como tropo está representada pelos trabalhos de C. Kebrat Orecchioni, que é quem estudou este conceito como um fenômeno especificamente verbal.

Na retórica tardia vai se sistematizar a ironia como um caso especial de discurso alegórico, e desde esse momento até nossos dias, o fenômeno irônico vai significar um tema de grande interesse tanto para filósofos como os estudiosos da linguagem.
Como temos observado, desde Sócrates a ironia tem o alcance de uma lógica que, como recurso metódico tenta estabelecer os limites da própria razão, portanto, reconhece nela uma tendência essencial ao excesso bombástico a que deve ser corrigida antes de começar a filosofar. A razão irônica, por outro lado, tenta estabelecer as possibilidades que determinam a fronteira do conhecimento alcançavel. Deste modo, a constituição do discurso que encadeia argumentoss põe em evidência, se é interrogado até o final ao modo socrático, sua mesma falência. A ironia então, revela o caráter pseudo do discurso na mesma medida que transpõe a ordem do que se pretende.


E quanto a ironia verbal.



A ironia não tem um fim externo, mas sim um objetivo em si mesma. A ironia envolve um ato de reconstrução de significado desde a intenção do enunciador, sobre a base dos conteúdos implícitos e explícitos que se expressam.
A ironia tenta quebrar por dentro a rede quer tecem as palavras, de modo a torná-las transparentes, para isto não só diz, mas atua ao contrastar o mero dizer com um dizer implícito.

A ironia é um recurso estilístico que serve ao remetente de uma mensagem o discurso, para argumentar e persuadir sobre determinadas questões que em alguns casos é preferível expô-las de um modo linguisticamente diferente, de modo que possa provocar risos no auditório desvirtuando o verdadeiro significado dos enunciados e dos argumentos.

Quando a literatura admite brincadeiras: a ironia ou o sarcasmo são argumentos.
Em " A Caverna do Humorismo", Pio Baroja (1919), disse que em literatura cada humorista é uma ilha. Existe a ilha de Shakespeare, a ilha de Cervantes, a ilha de Rabelais. a ilha de Juan Pablo Richter e a ilha de Dickens. perssoalmente, agregaria - no mesmo tom - a ilha de Jorge Luis Borges, a ilha de Francisco de Quevedo, a ilha de Juan Pablo Richter, a ilha de Nicanor Parra, entre outros.

Então cabe assinalar como o humor e a ironia têm acompanhado sempre a obra literária do/a escritor(a): Se revisamos a história cubana encontramos que o humor foi e é uma constante, peneira na vida cotiidana, se alimenta e é alimentado, ao mostrar o cômico ou ridículo que resultam determinadas situações "Se alguém decide a observá-las a certa luz ou de um ângulo que não seja o habitual", sinaliza Manuel Díaz Martínez em PANORAMA HISTÓRICO DA LITERATURA CUBANA.

Pelo posto, seja esta lúcida em sua atitude, luz e sombra, boca e eco, verdades ou mentiras, sarcasmo choroso ou pungente, humilde cinismo ou sabedoria cética, ironia bem - aceita, mordida criola, caretas requintadas, zombaria benigna, impudência, contradição, humorismo, trágica ou cômica, brilhante ou fosca, se faz verbo para habitar entre os poetas/escritores, à hora de construir uma literatura capaz de dar contar das transformações sociais e culturais que sacodem o imaginário coletivo e individual da pós-modernidade global na qual vivemos.


Ao que parece, a ironia seria uma truta molhada que não é fácil de se capturar, também poderia ser uma luva branca ou uma mão sábia, ou uma mercadoria escassa. Uma reflexão educada e mordaz do que se pode fazer. A encontramos em Cervantes, donde o humor é tela de universos contrafeitos; no Quixote, como uma sequência didática adicional, entre outros autores.

E o sarcasmo seria uma pedrada, inclusive contra um@ mesma, que provoca hematomas, assim mesmo, uma desenfreada chacota, crítica implacável, caracteres e posturas, atendereia a uma sede de vingança, um estalido de cólera, algo impensádo e violento, seria caprichoso como o grandalhão de barro que impõe a sua vontade sacrificando a justiça. O sarcasmo seria útil se de lastimar se tratasse.

Apresentação.


Esta escolha - como as anteriores entrevistas - tão pouco é aleatória. Responde ao caráter dialógico e controvertido de uma escritora chilena, Maria Cristina Ogalde. A ironia, o sarcasmo e o humor supõem um bom exemplo para poder demonstrar como a situração, a intenção comunicativa, o contexto verbal e o conhecimento do mundo, entre outros fatores, são fundamentais como elementos extra - linguisticos, determinando o uso da linguagem.


1. Disse Hernán Montecinos, que em nome da ironia nos vendem gatos por lebre. E ás vezes em lugar de gatos nos dão cachorros, porque quando a ironia late a chamam sarcasmo. Do ponto de vista de sua alta capacidade cognitiva, Maria Cristina, que entende você por ironia e por sarcasmo?

- A ironia é uma trincheira onde se esondem todas as ralés do mundo, ali cabem os analítcos introvertidos que de sua riqueza interior têm a valentia de falar de tudo, os valentes que se atrevem a falar de tudo com inteligência, os inteligentes não sabem sutilmente dizer as coisas com humor negro, os humoristas, os bons humoristas que falam sobre tudo despidamente e nos fazem rir de nós mesmos, a ironia é dinâmica, é poesia em movimento, a ironia é arte, é sutileza, é filosofia e psicologia fundidas, o resto é apenas sardonismo a boca larga, palavreado, verborragia de covardes que se escudam em palavras vís para vomitar seus ressentimentos.


2. A ironia usufrui social, cultural e literariamente de máximo apreço: toda existência inteligente deve ser irônica, chegando-se por este caminho a uma afirmação implícita que a sacraliza: ironia é inteligência seriam a mesma coisa. Porém é a ironia realmente o que os escritores irônicos afirmam que é: um mero dizer que disse outra coisa que não pode ser dita?

- É muito mais que um mero, é a forma de dizer iluminada para iluminar até aos mais estúpidos, aqueles aos quais custa "cair a ficha".

3. A ironia obriga também ao leitor a acionar a uma série de conhecimeentos: históricos, filológicos, linguisticos, psicológicos, sociológicos ou estéticos, que são vistos no momento de sua interpretação. Quem não leu alguma vez nos retalhos de um romance que o autor é ponderável por sua "espumante ironia", ou por sua "visão irônica ou mordaz", ou por seu "irônico sentido do humor". Acredita você que o leitor participa nesse jogo de cumplicidades a que se lança o escritor?

- Lógico que sim, pelo menos a maioria, por que a ironia veste roupas simples, alcançável a todo cérebro, temos o exemplo de quem escreveu os textos da celebrada obra teatral "TRÊS MARIAS E UMA ROSA", quem mostrou situações cotidianas, vividas por todos os chilenos, seja já de uma vereda ou outra, saturada de ironia que faz rir até chorar e continuar o pranto pelas coisa terríveis que estava mostrando com tanta sutileza, a ironia de Alejandro Ananías, que calmamente e com paz nos mostra terríveis verdades, que qualquer um pode entender, ou Mario Vargas llosa, que tem tanta ironia em seus escritos, repetidas vezes que é como estar estudando os apontamentos para a prova em meus tempos de esola, a ironia é a forma divertida para cativar ao leitor, claro está que para as crianças não, para elas está a moral, que é ironia miudinha.

4. "Era pessoa de uma tranquila idiotice"( citação de Borges). Que razão gera em você esta frase?

A palavra "tranquila" me cativa, a idiotice me distancia, porém juntas podem ser um potente disfarce ou um casco para refugio da ironia, oxalá consiga esse justo equilíbrio.

5. Existe o homem/mulher puramente crítico(a) ou o homem/mulher puramente passional do ponto de vista do componente literário, dos elementos ideológicos, das potências estilísticas individuais?

- Sim, os temperamentos nunca são puros: os fleumaticos possuem caracteres de apaixonados coléricos e os coléricos têm traços fleumáticos, e se as ciências se apoiam umas nas outras, não creio na pureza das coisas, mas sim na predominância de caracterísicas.


6. Quem, para seu gosto, ostenta a coroa da ironia e a coroa do sarcasmo na literatura universal?

Thomas Mann, sem dúvidas.

7. Como sempre ocorre, as manifestações originais têm imitadores. Estou pensando no sarcasmo, como uma expressão que pôs na literatura as contradições de uma época - hoje velhas concepcões ou utopias em seguidas - Qual crê você que seja a paixão essencial que envolve o sarcasmo e que se trata de manter até hoje em dia como linguagem nova e fresca...Poderia nomear algum(a) autor (a) chileno (a)?

- Não gosto do sarcasmo. É violento, sua linguagem é irritável, ofensiva, irrita os ouvidos, é uma pálida mostra da sutil ironia, a ironia nos faz refletir, nos abre espaços, o sarcasmo nos mata, nos encaixota, nos transmite ressentimento, a partir de que terminei de ler Henry Miller e Jean-Paul Sartre nunca mais os abri, e nisso já se passam mais de quarenta anos. O ressentimento, a amargura, a frustração, o desespero, a falta de fé. O romancista Fernando Jerez.

8. Sátira ou paródia? Humor crítico ou irônico?

Ambos. Gosto muito das cenas dos trabalhadores em "Sonho de uma noite de Verão", de Tchaikovsky, Refletem perfeitamente as quatro alternativas que mencionas.

9. " O aço é um discurso que serve nas duas extremidades, da matança pela ponta, pela trava de proteção" (Sor Joana). Faço referência a este epígrafe pensando no discurso cadente, contudo na raiva temperada, martelada pelos minuciosos martelos da ironia no discurso feminino; jogo de palavras donde se diz o contrário do que se pretende dizer". Como observa você nesse "eu" como escritora, considerando que profere palestras sobre violência das escrituras, lhe agrada ler a Tchaikovsky, e escreve contos pesados, impetuosos, violentos?

Que contradição de vida, não? Justamente eu, que toda minha vida tenho tratado de educar-me na paz, me atingiu caminhar pela verdade da violência, tenho querido ser fleumática e entretanto resultei ser dominantemente apaixonada, tenho querido ser cordeira porém a cauda de loba aparece por debaixo da saia, por isso que Piotr Ilich Tchaikovsky me harmoniza e meus contos humanizam a violência.

10. Qual é a sua comunhão secreta, seu estilete, seu motor principal, a mão que lhe dá de beber, afinal de conta, para escrever?

As contradiçoes da vida, a minha ou a dos outros.

11. O que anda escrevendo você - como tema - com a mão na ferida, e qual é o seu objetivo?

Os contos de "O musgo cresce ainda sem água" foram absolutamente uma exorcização, se até me parece tê-los escrito com o sangue que emanava de todas as minhas chagas e que a misericórdia de meu parceiro revestido de Deus limpou e curou.

12. E para concluir a entrevista, entre o anedótico, o saboroso - positivo ou negativo - em seu processo de criação. O que nos pode contar?


Em El Salvador, depois de uma semana de cativeiro e tortura enfrentei a um guerrilheiro arrebatando-lhe a metralhadora para defender a vida, venci o pânico à morte para matar e hoje estou aterrorizada pelo terremoto e não consigo vencê-lo, com cada réplica começo a suar, me falta o ar, me dói o peito, tenho pânico que a casa caia sobre mim. Não considera isso terrível? Enfrentei um montão de animais com uma metralhadora que nem sabia usar e senti grande liberdade, agora respira a "pacha mama" e não consigo vencer o medo de morrer: ironias da vida.


Biografia



María Cristina Ogalde nasce em Talcahuano, Chile. Escritora, contadora de histórias, gestora cultura, Diretora de la Revista Digital Periferia, com estudos de Teologia e Psicologia na Universidade Católica de Valparaíso, na Pontifícia Universidade de Roma e na Universidade do Rio Grande do Sul, Brasil. Por mais de vinte anos atua como missionária na Revista Mensagem, e em diversas revistas europeia e latino-americanas. Tem incursionado em ofinas literárias do Brasil e estudado a cultura escrita do cordão de favelas em Restinga.

É fundadora e presidenta do Centro de Investigações Culturais "A Cadeira", do Coletivo "A Cadeira", diretora de edições "A Cadeira", assessora do CC Amigos por Talcahuano, educadora popular no Município de Talcahuano. Colabora com a Revista Catalejo da Cidade. Como gestora cultural obteve o prêmio "Conselho Nacional do Livro e a Leitura 2008. Publicou no Chile, o livro de contos "O Musgo cresce ainda sem água" e " Cadernos de Crônicas". Atualmente, é diretora e coordenadora de oficinas literárias. Escreve um ensaio sobre a violência contra a mulher no Chile e América Latina.

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María Cristina Ogalde
escritora-directora-editora de ediciones La silla, un proyecto creado el 26 de septiembre del 2003 junto a la escritora Ingrid Odgers, en Concepción-Chile.







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